Este trabalho discute a questão da constituição da subjetividade do aprendiz adulto de língua estrangeira (LE), partindo da hipótese de que o aluno, ao se deparar com a língua alvo (LA), enfrenta um embate entre o que já está constituído em sua língua materna (constituição que se encontra também em constante modificação) e o novo, que vem atrelado à LE. Partimos de uma perspectiva discursiva, baseada nas ideias do Círculo de Bakhtin (1976, 1981, 1997, 2006) e pensamos a linguagem enquanto base para a subjetividade do sujeito. Nesse ponto de vista, aprender uma língua estrangeira é algo muito mais abrangente que apenas a internalização de regras e sons da língua aprendida/adquirida.