A busca pelo conhecimento sempre impulsionou o ser humano rumo ao novo. Nessa aventura existencial, somos impelidos a um profundo encontro conosco mesmos, condição de possibilidade para adentrarmos nos mistérios que habitam o nosso horizonte de compreensão que se origina na história. O texto pretende refletir sobre a possibilidade de superação de limites da modernidade diante do fenômeno da compreensão, dirigindo-lhe uma crítica. Nesse sentido, somos impelidos a reconhecer que há muito mais em jogo do que o problema de encontrarmos um método capaz de dar conta do conhecimento, com pretensão de verdade. No decorrer do texto, a discussão com Hans-Georg Gadamer se torna significativa, na medida em que nos ajuda a elucidar que compreender e interpretar não é algo somente reservado à ciência, mas pertence ao todo da experiência do homem no mundo. Por isso, podemos afirmar que adquirimos discernimento e reconhecemos verdades quando compreendemos e nos apropriamos da tradição.