Reconhecer na cidade do passado a origem de nossa história possibilitou ao homem, como indivíduo ou na coletividade, manter vivo o sentimento de pertencimento com o meio que habita. Esta particularidade da memória direcionou o estudo sobre a arquitetura ausente do Centro Histórico da cidade de Pelotas (RS) Brasil. Este estudo resgatou, através de registros iconográficos e escritos, o patrimônio arquitetônico ausente no Centro Histórico de Pelotas, indicando suas substituições construtivas e promovendo a reconstrução de dados urbanos da cidade. A construção desta memória edificada direcionou sua investigação para as edificações do entorno da Praça Coronel Pedro Osório, e tomou como marco temporal o ano de 1835, data da elevação do município a categoria de cidade. O desenvolvimento deste resgate construtivo suscitou na elaboração do Inventário de Conhecimento da Arquitetura Ausente do Centro Histórico de Pelotas, que se constituiu no segundo volume deste livro. Este instrumento proporcionou a identificação de quatro períodos temporais distintos. Foi a partir da delimitação destas quatro faixas de tempo que a história edificada da cidade de Pelotas pôde ser descrita.