Na costa sudeste-sul do Brasil a pesca de arrasto há décadas captura raias como fauna-acompanhante, provocando uma elevada mortalidade. Sua forma deprimida, comportamento bentônico, e biologia peculiar, aumentam a sua vulnerabilidade. Embora descartadas até o final da década de 90, atualmente são aproveitadas tanto no mercado interno como externo. O presente livro apresenta para o período 2012 a 2013 o impacto que as frotas industriais nas modalidades de arrasto-de-fundo duplo e simples, sediadas nos portos de Itajaí e Navegantes (SC), exerceram sobre a estrutura de tamanhos e sexos de seis espécies de raias costeiras ameaçadas de extinção. Para este fim foram entrevistados os mestres das embarcações e realizadas amostragens de tamanhos e sexos das raias desembarcadas. A pesca de arrasto-de-fundo compromete a existência de várias espécies endêmicas do Atlântico Sul-ocidental e que utilizam a plataforma do sudeste e sul do Brasil para as distintas fases do seu ciclo de vida.