Vigília do Almirante, o terceiro romance do escritor paraguaio Augusto Roa Bastos (1992), tende a ser colocado como um exemplo acabado do Novo Romance Histórico Latino-americano, devido ao tratamento ficcional da figura de Cristóvão Colombo. É projeto de Roa apresentar uma figura mais humana da complexa personalidade do Almirante. Para isso, ele utiliza uma estratégia de representação que põe em jogo os múltiplos pontos de vista (ficcionais ou históricos) que moldaram o Almirante ao longo dos séculos. Estes olhares são muitas vezes discerníveis como intertextos e o conjunto permite um jogo polifónico peculiar. Deste amplo jogo intertextual foi selecionado o espectro relacionado com as Crônicas das Índias: Relação sobre as antiguidades dos índios, Décadas do Novo Mundo, a História das Índias, a História geral e natural das Índias, a História das Índias, a Vida do Almirante Dom Cristóbal Colón, e os Comentários Reais dos Incas. A reconstrução dos intertextos permitiu-nos compreender a estratégia de manipulação intertextual que permitiu a Roa erguer a visão poliédrica sobre a figura de Colombo.
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