A região amazônica tornou-se, a partir da década de 1930, alvo de constantes intervenções por parte dos governos brasileiros, os quais, de posse de um discurso desenvolvimentista orientado por políticas de integração e ocupação do espaço, buscavam promover o fim do seu isolamento em relação às demais regiões do país. Especialmente, durante os anos da ditadura militar (1964-1985), quando se intensificaram as políticas desenvolvimentistas para a região, cujos focos eram, essencialmente, a expansão das fronteiras e alargamento do território para tornar sua abundante reserva de recursos naturais mais próxima e disponível ao grande capital. Notadamente nessas décadas, ocorreram os mais significativos processos de ocupação e exploração dos recursos naturais, os quais desencadearam uma série de impactos socioambientais, sem resultar de fato em melhorias sociais à região.