O tema deste livro está inserido no campo da arte e da formação de diretores de arte, especialmente no novo perfil que envolve não apenas o visual em princípio, mas toda a relação sinestésica presente nas obras de arte multimídia. A abordagem aqui apresentada, na perspectiva de formação de um profissional multimídia ¿ o diretor de arte e mídia ¿ é multidimensional no que se refere à estética da arte, concomitante ao conhecimento tecnológico, a criatividade, a direção e a comunicação, necessários à convergência das manifestações artísticas, presentes nas atribuições do diretor. O argumento que trago é que, para a formação de diretores de arte e mídia, se faz necessário o domínio da arte em seu campo estético, conjuntamente com a compreensão das técnicas para a sua execução. A tese aqui contida é que a fragmentação da arte impede o entendimento de obras do universo multimídia, propondo outra possibilidade de formação, em contraponto àquelas das escolas de nível superior que resolvem trabalhar a arte através de sua materialidade. A Teoria da Formatividade de Luigi Pareyson é utilizada como categoria para o entendimento dessa fragmentação da arte e sustenta a proposta aqui contida.