Tomando como referência o cenário de diminuição da natalidade verificado em Portugal e noutros países do sul da Europa, vários autores têm assinalado a importância das redes sociais de apoio como incentivo à natalidade e fonte de auxílio na transição para a parentalidade. Neste estudo procura-se analisar a efetiva relação existente entre a identificação e utilização de redes sociais de apoio pelos pais e a transição para a parentalidade, percebendo de que forma a existência, o tipo e a utilização destas redes influenciam essa transição. O estudo é de natureza correlacional, baseado no método hipotético-dedutivo, tendo como população-alvo as famílias da região da Cova da Beira que empreendem num projeto de construção de uma parentalidade. Conclui-se que a existência de redes sociais não determina nem condiciona a decisão das famílias em terem filhos, mas o apoio que recebem das mesmas, designadamente da rede informal, é relevante para que o processo de transição decorra mais facilmente, facto transversal à classe social e aos rendimentos da família.