Analisamos as transformações sociais que permitiram a introdução de mecanismos privados de manejo florestal responsável e suas implicações político-sociológicas através de um estudo de caso dos processos e conflitos em torno dos standards do Conselho de Manejo Florestal - FSC. Defendemos que a (alta)modernidade sob uma condição de globalização se caracteriza por riscos e incertezas, demandas e expectativas, necessidades e oportunidades intrínsecas à própria dinâmica de reflexividade deste fenômeno, o que gera novas possibilidades e reanálises em todos os âmbitos. Os standards foram criados, implementados e cada vez mais legitimados por todos para estabelecer novas práticas econômicas/administrativas/fabris/socioambientais que dessem conta da expectativa da sociedade como um todo. Dentro desta abordagem caracterizada pelos fluxos, redes e pela modernização reflexiva/ecológica é analisada a emergência e o desenvolvimento do standard de manejo florestal mais respeitado e amplamente utilizado pela indústria de madeira, papel, celulose e embalagens, gráficas - os standards do FSC, com seus conflitos e discrepâncias nesta ampla rede de atores sociais através de todo o processo.