A associação entre depressão e síndrome coronariana aguda (SCA) é frequente, porém subdiagnosticada e subtratada. Estudos concluem que a depressão, além de fator de risco para a SCA, é um marcador de pior prognóstico e a SCA, por sua vez, pode desencadear a depressão. Mecanismos fisiopatológicos e psicossociais têm sido estudados. Entretanto, embora as evidências, não faz parte do cotidiano da cardiologia, investigar e tratar a presença da depressão nas doenças cardiovasculares. Esse livro aborda, a partir de trabalho investigativo em pacientes admitidos em um centro de referência cardiológica, a presença da depressão, mecanismos associados e prognóstico na SCA. Os resultados constataram, corroborando a literatura científica, a presença significativa da depressão durante a internação hospitalar e os pacientes com depressão apresentaram mais eventos cardiovasculares. A depressão associada existia antes do evento coronariano e, também, foi significativo o seu desencadeamento durante a internação. Estudos continuados são necessários, fundamentando uma prática clínica que inclua a depressão como fator de risco cardiovascular e proporcione métodos eficazes de prevenção e tratamento.