O riso encontra no social o modo mais pleno de se manifestar. Constituído pela linguagem, elogia, denuncia e evidencia a multiplicidade de desejos que perpassam os signos sintomáticos da cultura. O prazer conquistado da ironia ou gargalhada agrada um ego ou a massa, e demanda constantes repetições para saciar a libido. Este trabalho defende a assertiva ridendo castigat mores (com o riso se castigam os costumes) para revelar como os ditos espirituosos comunicaram-se pela mídia, no caso, a imprensa brasileira, para dizer a verdade. Assim, a partir da teoria psicanalítica de Freud e contribuições multidisciplinares da comunicação, filosofia, história e semiótica, a obra contempla a essência do riso e sua qualidade propriamente humana de gerar prazer. Além de tratar das questões históricas da comunicação de massa e a imprensa brasileira, convidando, por fim, o leitor a penetrar na estrutura da teoria freudiana por meio da práxis cotidiana, destacando o riso em sua posição polimorfa para desnudar o narciso de cada dia e o mal-estar na civilização.