"A tentativa de controlar tais criaturas equivale ao anseio de expulsar do inconsciente as nódoas da loucura, para que se possa introduzi-las (e encarcerá-las) em algo externo, um títere supostamente à mercê de seu mestre. Sendo parte separada de seu criador, ligada a fios e circuitos elétricos, evidentemente não há uma totalidade corpórea, organicamente evolutiva, e sim a imitação de algo que surge das sombras de uma psique atormentada. Essa transição tem como ponto de origem um objeto familiar, uma representação amável que aparece durante a infância nas brincadeiras de 'faz de conta', em que os brinquedos adquirem uma vitalidade imaginária, assim como muitas crianças apegam-se a amigos invisíveis".