Cerca de 80 milhões de brasileiros se automedicam, evidenciando uma prática natural e preocupante entre a população, devido os riscos à saúde. A pesquisa foi realizada entre 82 professores do Instituto de Ciências da Saúde, Instituto de Ciências Agrárias e Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso. A automedicação é praticada entre os professores do sexo feminino (51%) e graduados sem nenhum tipo de especialização (42,6%). A principal classe de medicamentos utilizada nesta prática, foi a dos analgésico-antitérmicos (95%) e a patologia ou sintoma que motivou a automedicação, foi a dor de cabeça (80,5%). Estes medicamentos foram autoindicados em 60% e motivados por conhecimentos adquiridos ao longo da vida (33%). Dos principais desfechos da automedicação, 78% obtiveram remissão do sintoma que o levou à prática. Assim, em virtude da comunidade docente ser formadora de opiniões, uma maneira de diminuir os índices de automedicação seria conscientizá-la dos perigos da mesma, para que este saber seja replicado.