Os recursos naturais e a proteção da saúde humana têm papel central nas discussões do mundo contemporâneo. No Brasil, nas últimas décadas, a industrialização, a ocupação irregular e a concentração da população nos centros urbanos aumentaram em proporção acelerada. Devido a essa realidade, muitos conflitos e problemas têm sido gerados, como: aumento do risco de degradação das áreas de abastecimento de água e alimentos; enchentes; redução da biodiversidade e habitats, inserção de substâncias tóxicas na cadeia alimentar; poluição das águas por esgotos domésticos e industriais e pela disposição dos resíduos de forma inadequada, dentre outros. A área em estudo está inserida basicamente numa zona urbana de intensa produção industrial, e seus impactos se traduzem em uma problemática ambiental ocasionada pela exploração imobiliária, desmatamento, disposição inadequada dos resíduos e lançamento de efluentes domésticos e industriais sem qualquer tratamento. Deste modo o planejamento de uso e ocupação urbana no entorno das represas I, II e III do rio Ipitanga é de extrema importância, considerando, que seu manancial contribui com 40% do abastecimento da região metropolitana de Salvador (RMS).