As estratégias participativas nem sempre produziram os resultados necessários, apesar da sua importância. Ao longo dos anos, questões como a captura de elite, informação inadequada para os actores e o arranjo de janelas pelos decisores políticos têm atormentado esta ferramenta de desenvolvimento. A este respeito, o documento analisa a participação dos cidadãos utilizando dois programas financiados por doadores na Índia e em Angola. Também analisa conceitos específicos ligados ao envolvimento dos cidadãos na concepção, planeamento e implementação de programas. Consequentemente, o estudo revelou que ambos os projectos melhoraram a vida das pessoas e satisfizeram uma série de necessidades como o estabelecimento de esquemas de crédito, escolas e projectos de expansão de electrificação. No entanto, houve desafios como o baixo nível de capacidade dos cidadãos e dos organismos locais, bem como a falta de coordenação dos actores institucionais. Apesar dos méritos, a participação não deveria ser obrigatória mas sim utilizada de forma selectiva. Além disso, trouxe à luz o significado do governo local no desenvolvimento comunitário e a necessidade de o dotar de recursos humanos e financeiros. Este livro é, portanto, uma leitura obrigatória para decisores políticos, peritos em desenvolvimento, actores não governamentais, académicos e estudantes.