A lenha, que é utilizada na calcinação da gipsita para a produção de gesso, é responsável pela maior parcela da matriz energética do Polo Gesseiro, o que corresponde a 73% da energia consumida na região. Como a biomassa é uma fonte de energia renovável, por este aspecto pode-se dizer que a matriz energética do Polo Gesseiro encontra-se perfeitamente adequada. Entretanto, essa biomassa é obtida de forma inapropriada no bioma caatinga, impactando efetivamente na biodiversidade desse ecossistema florestal. A maior parte da lenha consumida pelas calcinadoras de gipsita vem do extrativismo sem reposição. Como a demanda energética do Polo Gesseiro exerce uma grande pressão sobre os recursos florestais, faz-se necessário o planejamento de estratégias que minimizem essa pressão e que incluam a aplicação de novas alternativas, como o cultivo de espécies vegetais que possuam atributos energéticos relevantes, como o capim elefante, de efeito mais rápido e imediato pela elevada produção de matéria seca por área.