Esta obra realiza um resgate do processo iniciado com a imigração polonesa no Estado do Paraná, Brasil, a partir de 1871 e que culminaria com a permanência da casa de araucária como um dos remanescentes das inter-relações entre o meio ambiente e a arquitetura. No âmbito da manifestação histórico-cultural do agricultor polonês, destaca-se sua arquitetura popular, caracterizada pela interação entre o ambiente artificialmente criado e o meio a ele externo. Ao se tentar compreender uma construção dessa natureza, torna-se necessário interpretar a sua funcionalidade dentro de um contexto, imergindo nas variáveis que a cercam, considerando desde os elementos atuais presentes na mesma até aqueles que antecederam a sua existência. Em meio à trajetória da Europa à América do Sul, o imigrante polonês passou por profundas transformações junto ao espaço rural, adaptando-se por intermédio do que mais a frente se tornaria a agricultura familiar. Com o reconhecimento e a valorização desse histórico, surgem preciosos subsídios para a compreensão das mudanças culturais, políticas e socioeconômicas que contribuíram para consolidação do Paraná do presente.