O dia 19 de setembro de 2021 marcou o centenário da Primeira Exposição Nacional de Artes Populares realizada no México. Cem anos de um complexo e complicado trabalho académico e de uma prática institucional sobre o objeto artesanal e sobre aqueles que o criam. Cem anos que passaram praticamente despercebidos; esquecimento causado, talvez, porque tanto o trabalho académico como o discurso do Estado mexicano que reconhece, desde então, o objeto artesanal como elemento de identidade nacional, como parte do património cultural do país e do sustento económico de milhares de famílias no campo e nas cidades, contrasta drasticamente com o seu desenvolvimento real e com as condições de vida daqueles que criam objectos artesanais.