A semente de chia (Salvia hispanica L.) faz parte da alimentação básica da população da América desde 2600 a.C. e contém aproximadamente 30% de óleo, composto principalmente por ácidos graxos poli-insaturados da família ômega-3, com a maior concentração de ácido graxo -linolênico dentre as fontes botânicas já estudadas. Nos últimos anos, a semente e o óleo de chia vêm sendo difundidos pelo potencial nutricional e tecnológico no uso de ingredientes funcionais para desenvolvimento de produtos alimentícios. Seu consumo pode ocorrer na forma de sementes inteiras, farinha, mucilagem e óleo extraído das sementes. O consumo da chia tem aumentado devido aos benefícios à saúde, já demonstrados em estudos epidemiológicos, in vitro e in vivo, associados ao elevado teor de ácido graxo -linolênico, fibra dietética, compostos bioativos, polifenóis e sua consequente propriedade antioxidante, anti-inflamatória e cardioprotetora. Porém, são necessárias investigações mais detalhadas que avaliem osmecanismos moleculares, bem como o impacto da sua suplementação, em longo prazo, para que este alimento possa ser utilizado como estratégia segura e eficaz na prevenção e/ou tratamento de doenças.