Desde finais da década de 1990, assistimos a um movimento, com certa visibilidade, em torno do choro, gênero musical primordialmente instrumental e considerado a matriz sonora da música popular brasileira. Este texto, produto da dissertação da autora para obter o grau de Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, estuda as características e particularidades desse movimento no Rio de Janeiro, considerando como principais fontes de pesquisa o material jornalístico, os sites web dedicados ou especializados em choro e os depoimentos de alguns atores direta e indiretamente vinculados com a prática de choro. A autora visa abordar narrativas e estratégias através das quais reafirmam-se hoje a intensa afetividade e o status conferidos ao choro, enquanto reconhecido como representante sonoro da simbologia nacional e carioca. A investigação centra-se na circulação e o consumo, tanto ao vivo quanto mediado pela rede digital, avaliando assim as possibilidades de socialização em torno do gênero no século XXI.