Gestada num contexto histórico de supremacia da Igreja Católica Romana, a Reforma Protestante, cujo marco foi a publicação das 95 teses contra a Igreja no ano de 1517 por Matinho Lutero, professor de teologia e monge agostiniano, seguiu numa jornada de muitos desdobramentos. Acompanhando esses desdobramentos na perspectiva dos contextos históricos chegamos a um cristianismo que ampara teses de interpretação bíblica devedoras à Reforma Protestante que na atualidade reforça a ética religiosa que produz certos comportamentos nos fiéis - religião de exigências ética segundo Max Weber -, e que, também, passa a usar largamente, como centro organizador comunitário, os espetáculos cúlticos, estilo show business, e devedora, portanto à dinâmica fluida, estetizada e cheia de novidades da sociedade líquida (Bauman). O Deus ético é apresentado atualmente por um cristianismo de performances elaboradas e disseminadas pelo sistema multimídia. Apontando para uma adaptação à sociedade do espetáculo (Debord) bem sucedida e mantendo os mitos, ritos e símbolos do cristianismo, um novo cristianismo pentecostal espetacular é a nova onda que envolve a juventude e negocia necessidades e sentidos de vida.