A úlcera plantar decorrente da hanseníase é freqüente e de difícil tratamento. Ela resulta das alterações neurais e dermatológicas advindas da diminuição e/ou perda das funções motora, sensitiva e autonômica dos nervos periféricos infectados pelo bacilo de Hansen. Para medir o tempo de cicatrização estimulada por aceleradores, em pacientes adultos com hanseníase, portadores de úlceras plantares, trataram-se 52 úlceras. Trata- se, portanto, de um estudo Clínico Descritivo Prospectivo com Intervenção sem Controle, cuja duração foi de 3 anos e 6 meses. O tratamento, feito com curativos à base de alginato, hidrocolóide e colágeno, foi padronizado em função da fisiologia e das necessidades de cicatrização das feridas. O tratamento iniciava-se com o alginato, devido, via de regra, à grande de perda de tecido, alta exsudação e contaminação da úlcera plantar. Após várias trocas de alginato, quando a exsudação e a contaminação eram controladas, e a ferida apresentava tecido de granulação, iniciava-se uma seqüência de trocas de hidrocolóide. Assim que a ferida começava dar sinais de epitelização, passava-se à aplicação do colágeno, que estendia-se até a cura.