Em toda a África tropical, as crianças febris são tratadas contra a malária com ou sem confirmação, resultando assim na incapacidade de diagnosticar e tratar outras co-morbilidades como infecções do tracto urinário (IUU) e infecções do tracto respiratório superior (URTI) que podem coexistir com a malária. Este estudo transversal examinou a coexistência do paludismo com IU e avaliou melhor o padrão de susceptibilidade antimicrobiana dos organismos isolados entre as crianças com menos de 5 anos de idade que apresentam febre e paludismo. Foram utilizados filmes de sangue espessos e finos para o diagnóstico do paludismo e foram recolhidas amostras de urina em recipientes esterilizados, de boca larga, à prova de fugas para cultura e sensibilidade. Os organismos isolados foram identificados e testados quanto aos seus padrões de sensibilidade antimicrobiana, utilizando o método de difusão em disco Kirby-Bauer. A prevalência da malária com UTI coexistente foi de 3,3%, sendo a maioria (58,0%) dos participantes do sexo feminino. A idade foi associada à prevalência da malária e da co-infecção UTI sendo o grupo etário dos 24-36 anos. Escherichia coli (50%) Staphylococcus aureus (25%), espécies Klebsiella (16,70%) e espécies Proteus (8,3%) foram isoladas.