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O livro é sobre Ricoeur, leitor e interprete de Freud. Em "Da Interpretação" (1965), apesar de querer restringir seu debate apenas com o fundador da Psicanálise, na realidade o estende também com Lacan. É precisamente esse confronto com as duas leituras de Freud e mais precisamente com o cogito hermenêutico e o sujeito lacaniano que se pretende rastrear, registrar, analisar e compreender. Para dar conta das razões teóricas e dos fatores pessoais que interferiram no encontro-desencontro Ricoeur-Lacan, a narrativa se desdobra em três momentos: o histórico, visando reconstruir o contexto cultural dos anos 60 quando se estabeleceu a frágil aliança Ricoeur-Lacan; o analítico, identificando nos textos ricoeurianos e de seus críticos as semelhanças e as dessemelhanças das duas leituras de Freud; o reflexivo, buscando delinear os referenciais teóricos que norteiam a concepção ricoeuriana e lacaniana do sujeito.A pesquisa pode interessar a todos que queiram retomar o infindável e inelutável confronto da Esfinge e de Édipo com sua corte de mitos antigos e novos para responder intelectual e existencialmente à pergunta de sempre e de cada um o que somos?