No envelhecimento a pressão de pulso (PP) se eleva gradativamente com a hipertensão arterial sistêmica (HAS), favorecendo a redução da elasticidade arterial. A medida da pressão arterial sistêmica (PAS) aferida na raiz da aorta retrata valores mais confiáveis do que aqueles obtidos por métodos indiretos como os auscultatórios e/ou oscilométricos acoplados sobre a artéria braquial. Comparou-se os valores da PAS central e a PAS braquial nas diversas faixas etárias de portadores de HAS. Avaliou-se a PAS central na raiz da aorta e a PAS braquial no braço esquerdo pelo método oscilométrico em 242 pacientes com HAS submetidos à cineangiocoronariografia no Instituto do Coração do Triângulo Mineiro Uberlândia - MG. O diagnóstico e controle da HAS, se baseados exclusivamente nos níveis obtidos pela PAS braquial podem ser postergados em pelo menos uma década. Além disso, as drogas anti-hipertensivas foram incapazes de reduzir as pressões centrais dentro dos limites da normalidade nos indivíduos hipertensos. O aumento da PP central já está presente em grupos não idosos, mostrando que provavelmente o enrijecimento dos vasos ocorre precocemente nos indivíduos jovens e hipertensos.