Considerando a literatura sobre trauma e, neste caso, perturbação de stress pós-traumático (PSPT), notamos que as questões relacionadas têm sido amplamente abordadas, mas não suficientemente a do sentimento de vulnerabilidade pós-traumático (SV) como uma desvantagem. Alguns que abordaram este estado fizeram-no de um ângulo psicopatológico (Navarre 2001, Paré 2011, St-hilaire 2012, Dégeilh & al 2013, Bissonnette 2015, etc.), levantando acertadamente a expressão do sofrimento que o TEPT na sua vítima. Perante o trauma, as pessoas psicotraumatizadas (PP) apresentam VS o que as mergulha numa situação de incapacidade e desencadeia uma reorganização psicológica com o objetivo de restabelecer o equilíbrio psicológico e social perdido. Assim, o problema aqui colocado é o da desestruturação do vínculo com o outro da pessoa psicotraumatizada imersa no sentimento de vulnerabilidade. Neste contexto, o vínculo com o outro do PP é declinado a partir do desvinculamento pulsional e da tentativa do ego de restabelecer o equilíbrio nos espaços psíquicos cuja harmonia garante ao indivíduo o equilíbrio e o torna um ser adaptado.