Só o futuro nos dirá se a Constituição boliviana tornar-se-á um mecanismo político para que nesse país se promova a formação de uma identidade nacional capaz de superar as clivagens étnicas e regionais que Arguedas considerava a maior ameaça à unidade do Estado. O certo é que a construção da ideia nacional trilhará caminhos muito distintos dos propostos pelo regime de 1952. Será uma Bolívia única com a bandeira tricolor emparelhada com a Wiphala e com a bandeira alviverde dos cruceños. Será uma Bolívia boliviana e, ao mesmo tempo, aymará, quéchua, guarani, criolla, cruceña, urbana, rural, moderna e comunitária.