As doenças crônicas representam a principal causa de mortalidade e incapacidade, principalmente o diabetes mellitus (DM), doenças cardiovasculares (DCVs), obesidade, dislipidemias, câncer e doenças respiratórias, entre outros, cujo tratamento teve início no hospital, ou os doentes submetidos a tratamento com medicamentos de estreita margem terapêutica (quimioterapia, anticoagulantes, antidiabéticos, fármacos com ação no sistema nervoso central, etc.), surgem na farmácia necessitando de uma avaliação e seguimento da terapêutica. Neste estudo selecionamos o DM2 em função de suas características de doença metabólica crônica, complexa, multifatorial e de presença global, que afeta a qualidade e o estilo de vida dos pacientes que acorrem à farmácia comunitária, quando mal controlado, com probabilidade de ocasionar redução pronunciada na expectativa de vida em decorrência das complicações que podem surgir ao longo dos anos após o aparecimento da enfermidade. A presença constante na farmácia do portador de DM2, no mínimo uma vez por mês, para buscar os medicamentos de uso contínuo, proporciona um maior envolvimento do farmacêutico na terapêutica farmacológica.