A crise da representação política e certas transformações da modernidade, como a comunicação em rede, deram origem a uma situação política quase distópica, consequência da primazia do modelo de marketing político: desideologização, hiperpersonalismo, comunicação negativa da oposição, micro-segmentação dos públicos. Contra isso, o autor reivindica o saber-fazer (ou a racionalidade) da Comunicação Política, que privilegia a coerência pragmático-discursiva e concebe o posicionamento político como resultado de um processo histórico (Mercedes Durá-Lizán, investigadora Universitas Miguel Hernández - Espanha). A obra tem a rara virtude de abordar um tema de debate atual numa linguagem simples, mas ao mesmo tempo precisa e nunca desprovida de profundidade. É uma boa proposta para quem quer compreender o que é a comunicação política e, ao mesmo tempo, serve de guia acessível para quem se quer iniciar no tema, recorrendo frequentemente a exemplos do quotidiano. Incorpora uma agenda de debates para orientar soluções e fornecer elementos para o discernimento (Washington Uranga Jornalista, professor-pesquisador).