Cada narrativa bélica - como a de George Lloyd Hodges - constitui uma interpretação do próprio autor, que reúne um conjunto de personagens complexas e contraditórias, de descrições por vezes sinestésicas e minuciosas, e com a mais-valia de se tratar de um testemunho na primeira pessoa de um conjunto de factos históricos. Cremos que reunida a conjugação de factores linguísticos e históricos enumerados nesta tese, numa emergente oportunidade de relação interdisciplinar que promete ser, hoje como no passado, frutuosa, entre a Tradução e a História, haverá as necessárias condições para servir de forma científica, credível e eficaz a historiografia portuguesa, designadamente, aquela que trata ou tratará futuramente o período histórico da Guerra Civil em Portugal, entre 1828 e 1834.