Esta pesquisa foi concebida a partir do desejo de fazer parte da crescente conscientização nas ciências sociais sobre a existência, às vezes conflituosa, de diferentes formas de memória e sua conexão com a história. Trata-se de uma tentativa de abordar a memória da comunidade Arhuaca a partir das suas diferentes dimensões e da sua relação com a construção da memória histórica da Colômbia. A investigação parte da premissa de que não existe nem existiu um diálogo construtivo entre a memória indígena, baseada nas suas cosmovisões e identidades, e a memória histórica da Colômbia. Assim, para ilustrar estas diferenças, o objetivo foi contar a história da violência na Colômbia a partir da perspetiva indígena Arhuaca e contrastá-la com a memória histórica parcialmente hegemónica dos mesmos acontecimentos.