Dentre os diversos alimentos funcionais disponíveis atualmente, as isoflavonas se destacam pelos efeitos biológicos e benéficos à saúde humana (atividade estrogênica, anti-estrogênica, antioxidante, antifúngica, entre outros) e principalmente pela ação dos fitoestrógenos, que são as formas mais comuns das isoflavonas, sendo predominantemente encontradas em leguminosas. São especialmente abundantes na soja e seus derivados farináceos e subprodutos, como o melaço de soja. Na natureza, as isoflavonas são encontradas predominantemente na forma de glicosídicos (daidzina, genistina e glicitina), os quais não são assimilados pelo organismo, devido à presença deste açúcar em sua composição. Para que ocorra a assimilação das isoflavonas pelo organismo, é necessário que a mesma se encontre em sua forma aglicona (sem a presença da molécula de açúcar). O presente trabalho propôs como objetivo a bioconversão de compostos glicosídicos em agliconas usando o melaço de soja como fonte de isoflavonas. A enzima beta-glicosidase utilizada na bioconversão foi produzida a partir de diferentes microrganismos filamentosos do gênero Aspergillus (niger ATCC 16404, oryzae ATCC 1003, niger isolado do solo.