Corpo, Espaço e Cidade é uma pesquisa na área da Antropologia Urbana. O estudo foi realizado entre os anos de 2009-2012, discutindo principalmente a relação problemática entre o poder público municipal de São Paulo e um grupo de trabalhadores que têm nas ruas sua forma de sobreviver. Estes trabalhadores são os vendedores de rua, divididos por sua vez em ambulantes, camelôs e marreteiros. Uma visão inicial não consegue distingui-los ou tampouco entender suas diferenças internas, mas tais divisões são dadas por sua relação com o poder público e seu aparato de repressão e normatização, surgindo aí alguns de seus principais problemas e sua relação com a cidade e sociedade mais amplas. Outras variáveis de análise presentes neste estudo foram como outros setores da sociedade viam estas atividades, tidas como marginais, tais como a imprensa e sua produção de discursos, de saber-poder. No conflito surge a questão do uso dos centros das metrópoles por grupos populares e o impacto de medidas de higienização ou de gentrification nos espaços coletivos e nas respectivas sociabilidades desenhadas em nosso tecido urbano.