Desde a promulgação da atual Constituição Brasileira em 1988, o Brasil vivenciou um aumento significativo do número de municípios. Além disso há, em função da legislação restritiva em vigor, ainda centenas de outras localidades Brasil afora interessadas na autonomia político-administrativa. Paralelo a isso, no campo acadêmico, dentre as várias teorias que buscam entender as disparidades espaciais de desenvolvimento, a do capital social vem ganhando relevância nos últimos anos. Neste sentido, o presente trabalho analisa em que medida a criação de novos municípios pode interferir no capital social dos territórios diretamente envolvidos neste processo. Os resultados dão mostras de que o anseio pelo desenvolvimento local acabou apontando a emancipação como uma forma promissora de alcançá-lo. Em decorrência disso, as relações engendradas pelo desejo de autonomia tenderam a influenciar positivamente o capital social local, e este, por sua vez, pode ser impulsionador do desenvolvimento.Os meandros deste processo são analisados nesta obra. Daí que ela pode ser útil e valiosa para todos aqueles interessados nas temáticas do desenvolvimento local, das emancipações e do capital social.