Este livro é dedicado à analise de discursos elaborados em certos círculos religiosos da sociedade norte-americana contemporânea para sustentar a crença na ideia criacionista e a refutação da teoria evolucionista. Estes discursos surgem em reação às teses evolucionistas que se expandem a partir do lançamento do livro A Origem das Espécies, escrito por Charles Darwin, em 1859, e que ganham espaço na comunidade científica. Algumas denominações religiosas veem nesses ensinamentos uma ameaça a sua crença em um Deus pessoal, criador e sustentáculo de todas as coisas. Nesse cenário, dois discursos emergem e se destacam buscando refutar os argumentos evolucionistas. O primeiro apega-se aos dogmas da chamada "inerrância bíblica" e reafirma a crença na origem do universo conforme o estritamente expresso no texto bíblico da Gênesis, a "Teoria da Criação Especial" (TCE). A tese básica que o segundo discurso procura demonstrar é que a complexidade do universo, da vida e da própria natureza éde tal ordem que eles não teriam capacidade de se criar por si mesmos, exibindo, portanto, evidências de um design inteligente, a "Teoria do Design Inteligente" (TDI).