A Aliança para o Progresso foi o principal programa de política externa dos Estados Unidos no início da década de 1960. Ela representou o enfrentamento do "perigo" comunista que teria se instalado na América Latina com a Revolução Cubana em 1959. Dada sua importância geopolítica, o Brasil foi o país latino-americano prioritário para a ação da Aliança para o Progresso. No Brasil, o foco central da preocupação do governo norte-americano foi o Nordeste. Considerado então como uma "região explosiva" dadas suas péssimas condições socioeconômicas e o crescimento constante da "ameaça" comunista. As "Ilhas de Sanidade", expressão criada pelo embaixador norte-americano Lincoln Gordon, foram o locus privilegiado de atenção do governo estadunidense e da implementação dos projetos ligados à Aliança para o Progresso. As "Ilhas" funcionariam como um exemplo daquilo que os Estados Unidos poderiam fazer de bom não apenas pelo Nordeste e pelo Brasil, mas também por toda a América Latina.
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