Porque é que nós psicopedagogos nos apropriamos tão amigavelmente de tantas teorias disciplinares diferentes de outras ciências? Será uma forma de fazer psicopedagogia? Ser psicopedagogo é um pouco de todos? Será que aprendemos a ser, sem ser? Preocupa-me que para ser psicopedagogo tenha de ser um pouco psicólogo, um pouco neurologista, um pouco cinesiologista, um pouco terapeuta da fala, um pouco professor especial e comum, um pouco psicanalista, um pouco de psicanalista, um pouco de .....Escolho ser um psicopedagogo para enfrentar os múltiplos problemas dos meus sujeitos, com o meu próprio objecto e método. Sabendo que a partir da minha disciplina (psicopedagogia), vou interpretar, diagnosticar, guiar, acompanhar, tratar e muito mais... Não há outra escolha senão decidir. Não há outra opção senão decidir: ainda sou uma "manta de retalhos disciplinar" ou um psicopedagogo que faz psicopedagogia?