Esta publicação busca se aproximar das concepções Pankararu de cura e suas relações com a biomedicina. Embora os Pankararu sejam originários do sertão pernambucano, após intenso processo de migração, muitos passaram a residir na Favela do Real Parque, em São Paulo. Este estudo se concentra nos Pankararu do Real Parque. Descreve partes de sua cosmologia e suas formas tradicionais de cura, na busca por compreender a integração dessas práticas com o atendimento biomédico no município de São Paulo. Descrevo como ocorre essa integração, assinalando os conflitos e os processos de ¿traduçãö e ressignificação de seus elementos rituais para o contexto urbano. Esta etnografia pretende explicitar como é realizada a transformação, a readaptação dos discursos, as formas de afirmação identitária dos Pankararu que vivem em São Paulo e sua importância na conquista de direitos no campo da saúde.