A configuração sociocultural da sociedade líquida moderna influi diretamente na forma de os indivíduos conceberem os relacionamentos. Os traços definidores dos tempos líquidos - negação da tradição, valorização da liberdade individual, culto à lógica do consumo - são assimilados também na vivência dos relacionamentos humanos. Em "Os íntimos", Inês Pedrosa apresenta representações dessa liquidez a partir das vozes das personagens Afonso, Pedro, Filipe, Augusto e Guilherme. O indivíduo do mundo líquido moderno rejeita tudo que seja duradouro; desse modo, relacionamentos amorosos que implicam compromisso são vistos como amarras, empecilhos para o exercício da liberdade individual. Cultuadores do instantâneo, os sujeitos contemporâneos repudiam a permanência. No mundo da conexão, é inevitável que se estabeleça redes; resta, porém, que essas sejam frágeis, aptas a desfazerem-se a qualquer momento.
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