As concepções de língua e linguagem vêm se modificando com o passar do tempo. Os estoicos e alexandrinos, por exemplo, seguiram a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles em diversas de suas filosofias, aprimorando-as. Tal aprimoramento se deu, também, no que tange à filosofia da linguagem e à Filologia elaboradas pelos sábios Sócrates, Platão e Aristóteles. Aristóteles desenvolveu uma sofisticada teoria do signo linguístico, em que diferenciava a fala da escrita, as coisas reais das impressões sobre essas coisas e assim por diante. Sua visão, que podemos anacronicamente chamar de "semântica", no entanto, era de caráter logocêntrico, unívoco, como o era de certa forma a de Santo Agostinho e a do primeiro livro de Wittgenstein, o "Tractatus Logico-Philosophicus" (1921-22). Por sua vez, com o advento da Escola de Genebra e o desenvolvimento da Estilística, em meado do século XX, iniciou-se a percepção de que os elementos afetivos e expressivos importam sobremaneira na descrição científica da linguagem e das línguas. Wittgenstein, paralelamente, desenvolveu sua obra revolucionária, as "Investigações Filosóficas" (1953), arquitexto da Pragmática, da Linguística, da Filologia.