Este trabalho pretendeu perceber os sentidos atribuídos ao fenómeno da exposição a violência doméstica, a partir da voz de adolescentes em situação de institucionalização e em família. Nomeadamente procuraram-se os significados que decorrem dessa vivência, em termos de conjugalidade, papéis de género, violência e amor, emergindo este último quase pelo mosaico constituído pelos anteriores. Exploraram-se questões como: a caraterização dos conflitos, as reações reais e desejadas, a preservação da vivência direta dessas situações, a qualidade e quantidade dos cuidados parentais, a qualidade da relação, a projeção enquanto progenitores e membros de um casal, etc. Entre muitas outras situações, percebemos que a vivência próxima das situações violentas parece obrigar os/as adolescentes a situá-las num plano do compreensível e do tolerável, normalizando as relações violentas. Se por um lado, o fenómeno de normalizar a violência no sentido de ordenar os ruídos da vivência violenta atual éconsistente que ocorra em adolescentes a viver com as suas famílias, na situação de institucionalização, por outro, percebeu-se uma tendência para proteger o contexto familiar de onde se foi retirado.
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