Este trabalho é parte dos estudos em comunidades assentadas da região de Araraquara que conduziram a uma analise mais especializada dos conhecimentos tradicionais do Assentamento Bela Vista do Chibarro. Neste trabalho, estudamos a importância do patrimônio imaterial na transformação dos espaços do assentamento em lugares de afetividade, desenvolvendo um novo modo de vida carregado de memória e cultura tradicional, no qual rende estratégias familiares de resistência na terra. O objetivo deste estudo foi entender de que forma estes saberes devem ser pensados para que os registros, as catalogações e as pesquisas não transformem a cultura em aspectos ideológicos, empobrecendo as compreensões e as devidas valorizações dos sujeitos. Como resultado da pesquisa foi realizado um inventário de saberes não-oficiais descritos nos principais lugares onde são transferidos: na casa registramos receitas tradicionais e os cuidados com a saúde; no lote as técnicas de plantio e respeito a natureza.E finalmente, a rua, lugar de troca do conhecimento agrícola tradicional entre agricultores familiares assentados.