Desde a implementação das primeiras iniciativas de ação afirmativa no Brasil, tem se construído um intenso debate nos meios de comunicação, assim como também a manifestação de intelectuais a partir de formulações teóricas sobre as consequências dessas ações para o Brasil, principalmente no que tange à população preta e parda. Entretanto, poucos estudos têm se dedicado à avaliação empírica. No plano teórico, os debates têm se polarizado, constituindo-se em argumentos de duas naturezas, os contrários e os favoráveis a tais medidas. Dessa forma, com o objetivo de superar a discussão corrente que gira em torno do contra e do a favor é que realizamos este trabalho de pesquisa. O trabalho é constituído a partir de um estudo de caso realizado na Universidade Estadual do Norte Fluminense-UENF, a qual serviu como lócus de análise da questão levantada nesta tese, qual seja, que a extensão da política de cotas está muito aquém das proposições e previsões que se fazem dela, visto que há uma impossibilidade de generalizações, pois as ações afirmativas no Brasil se estendem a contextos heterogêneos e diversos.
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