Reflectir, procurar e examinar o significado de tudo sem o ligar, se possível, ao sistema de valores pré-estabelecido, continua a ser o esforço constante neste exercício muito perigoso que, de resto, requer o conhecimento das leis naturais nos seus efeitos de auto-acção que favorecem a elevação da cultura e de todo o homem. Descobre-se então que a função essencial da cultura é a invenção de valores, conceitos, métodos e princípios. E a abordagem de análise cultural revela que a cultura de um povo reflecte a sua capacidade de encontrar, por si só, no seu ambiente imediato, as suas próprias soluções para os múltiplos e diversos desafios que enfrenta ao longo dos tempos. Portanto, a arte do desenvolvimento, enquanto coroação desta busca permanente, torna-se a capacidade de inventar espaços de expressão em que se desenvolvam valores espirituais como os dons e a intensidade da relação com a força criativa e a sua aplicação, e de desenvolver conscientemente valores terrenos, incluindo o poder do trabalho, bem como a riqueza do solo, subsolo e paisagens. Uma nova ordem de coisas não acontecerá sem uma nova ordem de conhecimentos!