O tratamento para tuberculose hoje consiste na utilização combinada de cinco medicamentos: isoniazida, rifampicina, pirazinamida, etambutol e estreptomicina, e se administrados de forma correta são bastante efetivos, tendo-se mais de 95% de sucesso. Mas um grande problema atual é o advento de cepas resistentes a estes fármacos de primeira escolha. Estima-se que pelo menos 4% dos pacientes estejam infectados com cepas resistentes, sendo tratados com fármacos que requerem um tempo de administração mais prolongado, produzem maiores efeitos colaterais e são responsáveis por altos custos de tratamento. Desde que as cepas resistentes surgiram em todo mundo muitos esforços foram direcionados para se conseguir uma terapia mais eficiente, sendo um grande desafio para os próximos anos a descoberta de tratamentos inovadores. Neste contexto se insere este estudo, que visa identificar novos derivados do aminoácido L-serina, candidatos a protótipos de fármacos tuberculostáticos. A L-serina pode ser considerada um análogo acíclico da L-cicloserina, enantiômero-(S) da D-cicloserina, fármaco de segunda escolha no tratamento da tuberculose hoje recomendado pela OMS.