Correr, saltar, puxar, rodar, são apenas alguns exemplos de que constituem o léxico motor das crianças, que normalmente as desenvolvem num contexto lúdico de envolvimento e integração entre pares. Por conseguinte, podemos inferir desta premissa que atividade física e infância são conceitos quase indissociáveis. Mas de que forma o primeiro influencia o segundo? Que relações existirão entre os fatores que determinam o grau de desenvolvimento motor de crianças e jovens? Até que ponto a influência destes mesmos fatores se estende a outros domínios do desenvolvimento humano, nomeadamente a nível cognitivo? Estas interrogações alicerçam os objetivos deste trabalho e os resultados confirmam a existência de relações positivas entre a generalidade dos fatores associados ao Desenvolvimento Motor, embora com um perfil diferenciado por gênero, e revelam, com exceção do nível de envolvimento em atividades físicas, que todas as demais variáveis em estudo se relacionaram positivamente com o desempenho escolar da amostra, com destaque para a proficiência motora, cujas intensidades das correlações observadas foram as mais significativas.