A pesquisa foi iniciada com o trabalho da autora como facilitadora de projetos de desenvolvimento local. Essa experiência levou a questionar os parâmetros e efetividade dos projetos e políticas públicas que chegam às comunidades, pois não incluíam suas perspectivas, capacidades, experiências e conhecimentos na elaboração de um processo de desenvolvimento que unilateralmente é chamado de inclusivo. A partir dessa constatação entender como as comunidades pretendem se desenvolver, como querem se tornar agentes de seu próprio desenvolvimento, quais suas visões e perspectivas para seu próprio futuro, são os fundamentos dessa tese. Nesse processo buscamos também entender como constroem suas identidades individuais e coletivas, na medida em que demonstram uma capacidade de mudança, ao mesmo tempo em que reafirmam seus estilos de vida e suas histórias nos contatos diários com a modernidade.