A teoria do design contemporâneo, especialmente pautada por questões que buscam definir qualidade de vida, diz que uma alternativa para o modelo de sociedade de consumo atual é aquele que pensa os projetos dentro de um ciclo de vida e que procura tornar possível o desenvolvimento social, ambiental e econômico de forma sustentável. Nesse sentido, pressupomos que se faz necessário no contexto do design, um resgate de atividades que nos tornam mais próximos da matéria e da experiência humana, resgatando no processo os valores dos indivíduos que lhe permitem reconhecer-se como membros integrados dentro de um coletivo. Nessa perspectiva, consideramos que a relação design e artesanato, através do estimulo criativo e da cooperatividade, expressa a possibilidade dessa experiência. A presente pesquisa explora teoricamente e analisa esse lócus entre design e artesanato, buscando expor suas qualidades e contradições, através do estudo de caso da Mão Gaúcha; projeto de artesanato regional lançado nacionalmente e considerado exemplo de organização/cooperativa artesanal e que no entanto não conseguiu manter-se organizada e produtiva como pretendido.