A queda da participação da indústria de transformação no PIB brasileiro é um fato estatístico bastante conhecido: de meados da década de 1980, quando alcançou 35,9%, até o ano de 2010, quando atingiu 15,8%, este indicador apresentou uma queda de expressivos 20 pontos percentuais em apenas 25 anos. Diante deste fato, têm emergido duas correntes de interpretações distintas entre os economistas brasileiros. A primeira atribui isso a um processo de desindustrialização causado pela ação de fatores perturbadores, como a valorização cambial excessiva que seria decorrente da exportação de commodities naturais ¿ nos moldes de uma doença holandesa ¿, ou dos problemas de competitividade sistêmicos reunidos no que se convencionou chamar popularmente de "custo Brasil", entre outros. A segunda corrente de autores, por sua vez, interpreta a queda da participação da indústria como um processo esperado, decorrente de condições naturais que prevaleceram historicamente em todas as economias industriais que atingem a maturidade. Este trabalho dedica-se investigar a esta controvérsia, identificando o fenômeno da queda da indústria no PIB como uma processo de desindustrialização ou pós-industrialização.
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