Neste estudo procurou-se perceber como os idosos, no seu quotidiano, adotam condutas que possam levar a (não)tomar a medicação prescrita. Recorreu-se a uma tarefa experimental que cenariza um diagnóstico clínico designado "doença do coração", combinando diferentes níveis de fatores determinantes dos comportamentos de adesão: "severidade da condição clínica", "custo dos medicamentos", "confiança no clínico" e "complexidade do regime". Pediu-se aos participantes que avaliassem o grau de adesão à medicação que o doente deveria exibir em cada combinação dos fatores. A amostra integrou um total de 72 idosos voluntários, selecionados de forma não probabilística, controlados para demência e depressão. Para a análise dos dados, recorreu-se a ANOVAS de medidas repetidas. Os resultados encontrados no estudo, permitem que os profissionais de saúde e cuidadores informais estejam alerta relativamente aos fatores que influenciam a adesão dos idosos à medicação e permite que os profissionais criem protocolos personalizados que possibilitem o aumento da adesão à prescrição medicamentosa.